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Câncer de Próstata

O câncer de próstata (CaP) é uma patologia complexa, em que características da doença, idade, comorbidades e preferências individuais dos pacientes impactarão na escolha do tratamento. Todas as opções de manejo disponíveis precisam ser discutidas, na íntegra, com o paciente.

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    Sobre

    Epidemiologia e Prevenção de Riscos
    É o segundo câncer mais comum em homens. É um grande problema de saúde pública, especialmente em países desenvolvidos, devido à maior proporção de homens idosos na população, e o risco potencial de tratamento excessivo após o diagnóstico precoce. Existem três fatores de risco bem estabelecidos: aumento da idade, origem étnica (raça negra tem maior tendência) e predisposição genética. Atualmente, não há medidas preventivas para reduzir a incidência. Contudo, o diagnóstico precoce acarreta cura em 90% dos casos.

    Classificação:
    É dividido em muito baixo risco, baixo risco, risco intermediário e alto risco a depender dos níveis de PSAt e do grau de avaliação histopatológica do tecido biopsiado.

    Detecção Precoce:
    Realizar exame de PSA total mais toque retal em: homens a partir dos 50 anos; homens a partir de 45 anos e com histórico familiar e ou afrodescendente; homens portadores de mutações no gene BRCA2 de 40 anos de idade.
    Considerar o teste de linha germinativa em homens com CaP metastático; em homens com CaP de alto risco que têm um membro da família diagnosticados com CaP em idade < 60 anos; em homens com vários membros da família diagnosticados com CaP em idade < 60 anos ou familiar que morreu de CaP.
    Não realizar exame de PSA total em homens que têm uma expectativa de vida < 15 anos.

    Avaliação diagnóstica - Diagnóstico clínico
    O câncer de próstata geralmente é suspeitado com base no toque retal e/ou níveis de PSA elevado. O diagnóstico definitivo depende da confirmação do tecido biopsiado.
    A decisão de prosseguir com o diagnóstico ou o estadiamento é guiada por quais opções de tratamento são disponíveis para o paciente, levando a expectativa de vida do paciente em consideração. Procedimentos diagnósticos que não afetarão a decisão de tratamento geralmente são evitados. Atualmente, realiza-se a ressonância magnética multiparamétrica da próstata antes da execução da biópsia. E o tratamento pode ser alterado em até 20% dos pacientes de alto risco com base em achados do PSMA PET/CT.

    Avaliação da expectativa de vida e estado de saúde
    É muito importante avaliar a expectativa de vida individual de cada paciente, o estado de saúde e comorbidades, quando existirem, no manejo do CaP. Em algumas situações uma avaliação geriátrica especializada também é necessária. É bem sabido que o tratamento padrão em pacientes vulneráveis com deficiências reversíveis (após resolução de problemas geriátricos) deve ser sempre considerado, semelhante a pacientes aptos, se a expectativa de vida for > 10 anos. Em contrapartida, aos pacientes com deficiências irreversíveis, oferecer tratamento adaptado, e aos pacientes debilitados, oferecer terapia dirigida aos sintomas isoladamente com intuito apenas de atenuar o sofrimento.

    Tratamento
    Basicamente o nível de PSAt total, o tipo de tumor, a presença ou não de sinais e sintomas, se afeta apenas a próstata ou se já apresenta disseminação para outros órgãos, a idade, a presença de comorbidades e entendimento do paciente acarretarão na escolha do melhor tratamento. Isto é, o manejo é bem individualizado. A cirurgia conhecida como prostatectomia radical (PR) pode ser adiada com segurança por pelo menos 3 meses a partir diagnóstico em qualquer categoria de risco. E pode ser realizada por via robótica, laparoscópica ou aberta, sendo a robótica a de maior preferência nos dias atuais.

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